quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Noite

Amanhece na cidade cinza.
A chuva, que caiu mansa durante toda a noite em ritmo monótono, se foi.
O ar é frio, o céu carregado.
As lembranças, companheiras na noite insone, reviveram toda uma história.
A memória não se apaga apenas porque se quer.
Os sentimentos permanecem.
A vida segue.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Reencontro

Os últimos tempos tem sido de desleixo. Total.
Não faz exercícios, não escreve, não sorri. Engordou. Não se cuida.
Não faz nada que ame, que a complete.
Abandonou os amigos, as festas, a caneta, o artesanato. Não consegue ser feliz.
Prostra-se na cama  jogando apática, com o robô, um jogo de cartas qualquer.
Todo dia, dia após dia.
Na mente um único pensamento, no coração peso enorme. E saudade imensa.
Está se enterrando em angústias, fenecendo nesta rotina.

Mas não desistiu, apesar.
Todos os dias conversa com o Senhor de Tudo, agradece, pede compreensão, sabedoria, aceitação, ânimo.
Todos os dias abre seu coração.
Até que, um dia,  a dor já não dói tanto.
Até que um dia o sorriso voltou.
O coração amanheceu leve. Os olhos, com brilho.

Nada mudou. Apenas encontrou-se consigo mesma no sonho.
E ouviu a voz dizendo "Você não precisa disto. Não merece isto."
E sentiu saudade daquela que deixou atrás de si.
Não pode voltar, mesmo que queira, sobre seus passos.
Mas pode traçar o caminho pro seu resgate.
E já começou a caminhar.

Já está na busca daquela do sorriso largo, dos olhos brilhantes, dos passos leves.
Que acredita nas pessoas, que não gosta de mentiras, que sonha.

O reencontro está traçado.

A música do dia

Amanhecer

Ela acordou com o coração leve.
E sabe que tudo vai dar certo.
A vida acontece assim, quando menos se espera.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Curvas

Ela segue pela vida sem saber bem onde seus passos a levam.
Não que isto importe - quando se está perdida, qualquer destino serve.
Ainda que não seja o que seu coração deseja.
Ainda que, passo a passo, não veja flores ou cores pelo caminho.
Ainda que, a cada curva, busque um precipício.
Tudo o que ela quer é paz.
Mas como encontrar paz com o coração dilacerado?
Ela segue pela vida.
Com esperança a cada curva.
Pode ser que tropece, que escorregue, pode ser.
Que a paz finalmente esteja ali.

Chega

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Madrugada

Chove. 
Insone, penso na vida.
E na morte, sua única certeza.

Estou viva.
Acordo na madrugada, coração cheio de angústias, medos, incertezas.
E poucos arrependimentos.
Pra que? Se tudo pode acabar num sopro?

O momento presente é urgente.
Será que tenho demonstrado a todos que amo o quanto me fazem bem?
O quanto sou grata pelo privilégio de poder partilhar esta jornada com eles?

Será que, indo-me embora amanhã, minha mãe saberá em seu coração o quanto sou feliz por Deus ter me confiado a ela nesta vida? 
E o tamanho do amor que lhe tenho? E o quanto sou grata por ter sido a melhor que eu poderia desejar, desempenhando magistralmente sua função, fazendo-me feliz e guiando-me no caminho de meu desenvolvimento?

Será que, indo-me embora amanhã, saberão meus irmãos que por eles me tornei mais forte a cada dia? E que a nossa amizade foi,  tantas vezes, o único farol a brilhar na escuridão, me guiando sobre um mar de tristezas e angústias? 
Que sou muito grata a Deus pelo privilégio que é ter os três iluminando meus dias e acalentando meu coração nas vezes em que me senti perdida e só?

Saberão meus filhos que, desde sempre, os desejei? Os esperei?
E que não houve momento mais feliz, em toda minha vida, do que aqueles em que ouvi seu choro pela primeira vez numa sala de cirurgia? 
Saberão que a existência só passou a ter sentido depois de ouvir a palavra "mãe" de seus lábios? 
Saberão ainda que cada erro foi uma tentativa de acerto? E que o que eu mais tive, sempre, foram dúvidas? E medos de errar?
E que só entendi o significado pleno da palavra amor em seus sorrisos e abraços?

Será que meus amigos saberão, cada um, sua importância no meu caminhar? E o quanto sou grata por tê-los ao meu lado em trechos/momentos desta jornada maravilhosa? 
Saberão que a pessoa que sou traz um pedacinho de cada um deles, e a recordação de momentos cúmplices e amor sem horizontes? 
Sentirão que estiveram comigo a cada momento, a cada conquista, a cada lágrima, a cada sorriso?

Saberão, por fim, os amores que tive na vida, que cada um me fez melhor? 
Que cada momento juntos valeu a pena e que, de tudo, só lamento as mágoas que causei? 
Que desejava ter sido mais sábia, mais paciente, mais generosa com cada um? 
Que cada amor trouxe em si o meu desejo de que fosse o certo, o último, o "pra sempre"?
E que, mesmo que não tenha sido, um por um valeu a pena? E não me arrependo?

Ainda chove.
Insone, penso na morte, única certeza desta vida.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Seus sonhos. E os planos do Universo.

Anda ausente, até de si.
Nem adianta dizer que é um momento de crise.
Que vai passar.
Que logo retoma o ritmo normal.
Não há, efetivamente, nenhuma garantia disto. 
E o que tem feito é passear. 
Por seus pensamentos.
Por suas memórias. 
Pelo universo virtual, visitando alguns blogs.
Três, particularmente, a fizeram enredar em suas idiossincrasias, suas certezas e incertezas, seus medos e anseios, suas buscas, encontros, desencontros. 
Está com o texto na cabeça há mais de duas semanas, sem saber ao certo como colocá-lo no papel.
 Ainda não sabe, considerando que muitas ideias se perderam no decorrer dos dias, no fluxo dos pensamentos. 
Ainda assim, precisa listar palavras cruciais que desencadearam a crise de reclusão:

Sonhabilidade.
Ressignificação.

“Houve um tempo que...”.
Clichês, paradigmas.

Realizações.
Cotidiano.

“...pequeno embate das entrelinhas...”

Amor.
Cumplicidade.
Parceria.

Estas palavras, encontradas em posts esparsos, fizeram com que ela se visse, de repente, questionando a vida. 
Tudo na sua vida.
Desde a profissão que escolheu, a profissão que exerce,  o que não planejou pra si, o que sonhou pra si, os amores que viveu. 
Se viu questionando relacionamentos, atitudes, pensamentos. 
Valores.
Ponderou sobre sonhos, sobre efetividade, sobre objetivos. 
Sobre erros e acertos. 
Sobre a pessoa que enxerga no espelho. 
Em que momento a menina sonhadora, que tinha o mundo pela frente e pés descansados para percorrê-lo, se cansou. 
Em que ponto aquela menina depositou seus sonhos na beira do caminho e sentou-se à margem, observando o fluxo apenas. 
Em que exato momento ela se deu conta de que o mundo era maior do que ela podia, e desistiu da parte que lhe cabia.
Principalmente, em que lugar ela se convenceu que não merecia o amor.
E se feriu.
De morte.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Do Facebook

De uma amiga:
"Alice ouviu do Coelho que eternidade pode durar um segundo.
Sorte é aquilo que se atribui a quem viveu, ao menos uma vez, um amor eterno."
Carol mazzeo

De um amigo:
"Eu quis te convencer, mas chega de insistir. Caberá ao amor o que há de vir."
Tiago Silva

De um mestre:
"Tudo tem seu tempo.
Tudo tem seu preço.
Menos o tempo,
Que não tem preço."
Otto Leopoldo Winck

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ao vivo. À flor da pele.

Tinder. Badoo. Happn.
"Você pre-ci-sa ter estes aplicativos! Pra quem está solteiro, é o canal!"
Tá. Foi lá, baixou.
Primeiro contato:
"Linda. Você é linda. Linda demais! Gata."
Próximo!
"Linda e simpática! Onde você mora? Vamos sair hoje?"
Próximo!
"Sou casado, mas vivo uma relação aberta."
Próximo!

Chega. Não rola, não vai.
Não tem paciência pra "gata", "linda", "gata". Conversas ocas sem sentido que levam a lugar nenhum.
Precisa de mais.
Gosta, sim, de conversar. Sobre tudo. Filhos, vida, música, sonhos, decepções. Palavras são essenciais, afrodisíacas.
Elogios são bons. Até bom começo, diria. Mas ela está muito mais pra loba do que pra gata, prefere outros elogios. Outras abordagens.
Sexo é bom. Percebe que todos (pelo menos os que cruzaram seu caminho virtual) querem isto.
Apenas. Sexo. Casual.
Pra ela sexo por sexo, neste momento, não rola.

Apaga os aplicativos, não sem certa dúvida... talvez... mas sua paciência não resiste.

Chega em casa à noite e a filha está saindo pro mercado. Vai com ela.
Na esquina cruza o olhar com o do morenoaltolindodebarba. Frio na barriga.
Dois passos e olha pra trás. Ele também parou depois de uns passos e está olhando pra trás.
Ela ri, contente. Seu ego, um tanto maltratado, sente-se renovado.
Mais uns passos e, na porta do mercado, resolve olhar de novo. Quem sabe?
Ele está lá, na esquina onde se cruzaram, olhando. Esperando. Acena pra ela.
Que, covarde, entra apressada no mercado com a filha.
Mas depois fica pensando que poderia ter voltado pra conversar - ele fez a parte dele.

Não sabe ainda se é por sentir-se constrangida com a presença da filha.
Não sabe se perdeu o jeito, depois de tanto tempo.

O que sabe é que sentiu-se viva. Bonita. Atraente.

Coisas que aplicativo nenhum substitui.

É a vida, lembrando é assim que acontece.
Mais cedo ou mais tarde.
Ao vivo.
A cores.
Olhar, pele, cheiro, toque.

No momenro certo.

Leminskiando










"Amor, então, 
também, acaba? 
Não, que eu saiba. 
O que eu sei 
é que se transforma 
numa matéria-prima 
que a vida se encarrega 
de transformar em raiva. 
Ou em rima."

sábado, 2 de maio de 2015

De amores e afins

Desde sempre foi diferente.
Preferia as brincadeiras da rua, com os moleques, do que as de casinha.
A avó já previa "você vai ser péssima dona de casa!".
Não se acertava com as artes do bordado e da costura que ela insistia em ensinar.
Até muitos anos depois, quando se apaixonou pelas artes manuais (mas isto é outra história).
Era forte.
Defendia seu ponto de vista, sua opinião.
Marcava seu território.
Dentro do corpo de menina habitava um macho alfa.
E não, nada a ver com orientação sexual. Sim com atitude de vida.
Um dia, sabe-se lá cargas d'água porquê, resolveu ser mulherzinha.
Deixou-se aparar as asas. Parou de correr, de definir suas regras,
Quis ser meiguice e delicadeza.
Tola.
Essência não se muda.
Quem nasceu pra ser fogo jamais será fumaça.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Noturnos

Não consegue dormir, tamanha a confusão.
Em seus pensamentos, em seu coração.
Memórias, lembranças se sucedem.
O sono não chega. A paz não vem.
Deitada no escuro, ora baixinho.
Libertação, é tudo o que pede.
Paz no coração.

Resumos

Conversavam, os três, de pé em frente à sala de alfabetização para adultos onde ela atuava como voluntária. Havia retornado há pouco para a cidade, e sua melhor amiga tinha trazido o namoradinho de infância para revê-la.
O ano era 1980.
O assunto, projetos de vida.
E quando ela disse que pretendia ser mãe pelos trinta, depois de ter se formado, viajado bastante e se estruturado financeiramente (sonhar não custava nada, e é sempre tão bom na adolescência!), veio o diálogo:
"Não precisa se preocupar com isto, seu marido se preocupará."
"Não, não pretendo me casar".
"Ué, mas você não quer ser mãe?"
"E quem disse que pra ser mãe tem que casar?"
O silêncio que veio mostrou a ela como seu pensamento era "inadequado" aos tempos que corriam.
O tempo mostrou como estava errada.
Aos vinte engravidou. Casou. Com o melhor amigo. Que em algum momento havia passado a ser também um grande amor. E apesar de não acreditar em casamento, ela sempre acreditou no amor. Que não precisa de certificados para ser real, verdadeiro, válido.
A vida seguiu seu curso e, dez anos depois, se separaram.
Os motivos não importam, a dor maior foi perder o grande amigo de sempre.
A vida seguiu e agora ela tinha certeza de que viajaria o mundo, sozinha.
Sempre foi "a" criativa, "a" rebelde, "a" ousada da família. De onde estaminina tirava estas ideias? Ninguém tinha respostas, nem ela.
Mas as contas se acumulavam, e em épocas pré internet e blogs viajantes, não imaginava outra forma de se sustentar sem um trabalho formal. Assim, cedeu ao sistema.
Por outro lado, continuou sozinha, alternando breves amores. Até que conheceu aquele que mostrou que a vida é melhor a dois. Que provou por a+b que valia a pena abrir mão do que acreditava em nome de um grande amor, porque os dias assim eram mais felizes. E se entregou, e desejou casar e acordar todo dia nos seus braços. Por quase nove anos, a um grande amor vivido em sua maior parte à distância. Mas o coração é frágil, e os medos traiçoeiros. E quando a distância seria vencida, e a vida se anunciava perfeita, foi invadida por eles.. Medos irracionais e inexplicáveis. De que não fosse dar certo, de que as mudanças eram muitas, de que... ela nem sabe direito. E jogou fora este grande amor.
Não pensou na dor que ele sentiria, e mesmo ela sentiria.
Só que ele, ao contrário dela, sempre quis se casar. E quando se viu assim, abandonado e perdido, se entregou a outro amor. Que curou suas dores. E com quem se casou um ano depois.
Ela? Está tentando resgatar o que perdeu de si no decorrer destes nove anos. Aos poucos se torna inteira novamente.

Roupa Nova, De volta pro futuro é a trilha sonora deste texto.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Rotina







Abre os olhos na semi-escuridão.
Madrugada insone.
Até quando?

domingo, 26 de abril de 2015

Trilha sonora

Música pro fim de domingo na voz linda do Emílio.

http://youtu.be/7HoF6ySfSCU

Sábado de sol.

"Você vai direto em frente, não tem erro!"
O Centro Politénico da Universidade Federal do Paraná lhe parecia enorme. E todos os blocos iguais. 
Ela, garota do interior, nunca foi tímida. Mas o desconhecido, por mais que atraísse, a assustava. Continuou em frente, ainda sentindo-se insegura.
Na entrada de um dos inúmeros blocos, a garota linda que parecia modelo lhe sorriu um dos sorrisos mais lindos que já viu na vida. E isto trouxe coragem.
"Você conhece aqui? Sabe onde está acontecendo a aula inaugural de comunicação social?"
Não, ela não tinha certeza. Mas sim, elas poderiam procurar juntas, afinal era também o seu destino.
Foi assim que Claudia Gabardo entrou na sua vida, resgatando-a de uma situação em que sentia-se meio perdida, apesar de imensamente feliz.
Ontem toca o telefone: "Sei que é um pouco em cima da hora pra um convite, mas o que acha de uma feijoada na Fantinatto?"
Foi assim que, anos-luz depois, aquela amizade surgida no primeiro dia de faculdade a resgatou de um sábado solitário em Curitiba, transformando-o num dia deliciosamente especial, cheio de risadas, boa conversa, excelente caipirinha e a certeza de que a vida vale a pena.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Da série Resgate - Cinco

Tuas mãos
em minha pele
aconchegam e
sinto a carícia
do teu amor.

Teu abraço
é o leito
onde amo recostar-me
no sono inspirador.

Teu amor é a escolha
que fiz
pra ser feliz.

Mas é preciso que entendas
que sob grilhões
sou planta sem luz,
sem água, sem calor.

É preciso que aprendas
que o amor liberta.

Deixa-me voar
em meus pensamentos
sem medo.

Deixa-me rir com os pássaros,
deixa-me dançar ao vento,
deixa-me florescer sob o sol.

Ama-me como sou.

Não me queiras reter entre grades,
mesmo as feitas de amor.

(Abril, 2008)

Da série Resgate - Quatro

Deixa-me.
Não lance sobre mim
os tentáculos
de sua insegurança.
Não cerceie minha liberdade.
Deixa-me ser minha essência.
Pássaro que voa livre
e livre lança
seu canto
ao céu.
Deixa-me fluir
manso regato
turbulentas corredeiras
mas livre.
Não me construa diques.
Não me queira represar.

(Abril, 2008)

Da série Resgate - Três

Limites?
Não os reconheço.
Ultrapasso todos.
Transponho fronteiras,
adentro territórios
que anseio conhecer.
Não desbravadora intrépida,
conquistadora indomável
devastando-os.
Sim sedenta aprendiz
sorvendo
sôfrega
realidades inexploradas.

(Março, 2008)



Da série Resgate - Dois

Como véu translúcido
porém pesado
caem sobre mim
suas palavras.
Diáfanas
minhas emoções,
fluidos
meus desejos.
Sufocam-me as cobranças,
a insegurança,
seu medo.
Feneço sob seu amor.

(Março, 2008)

Da série Resgate - Um

Ela encontrou um caderno de capa amarela.
Escrito por ela. Há milhões de anos.
E começou a ler.

Leminski tem um poeminha chamado razão de ser.
"Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso."
Acho que é mais ou menos isto.
E é assim que acontece comigo.
Na verdade, muitas vezes nem sei do que preciso - mas preciso.
E esta necessidade transcende os limites, extrapola na pele, nos olhos, na voz.
Torno-me impaciente, inquieta, aflita.
Sem saber o porquê. E não quero que fiquem questionando, buscando razões.
Que deixem-me com minhas angústias inexplicáveis, meus abismos intransponíveis, minhas buscas infindáveis.
Que me permitam o tempo de processar este sentimento não identificado, que me deixem ir ao fundo e voltar. No meu tempo. No meu ritmo. Do meu jeito.
Que não me queiram impor atitudes, posicionamentos, ideias.
Como já dizia Quintana, "deixa-me ser o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo".
Que respeitem meu fluxo, que não queiram transpor meu leito nem modificar minhas margens.
Aceitar o outro tal qual ele é, com sua individualidade e particularidades, também é amar.
Respeitar o jeito de ser do outro sem o desejo de mudar sua essência também é amar.
Se querem me amar, me amem. Assim como sou.

(Março, 2008)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Vida

Na janela, dois gatos observam o mundo.
Onze andares os separam da urbana vida selvagem.

Na janela, uma mulher sozinha observa o mundo.
Onze andares a separam do que pode ser a paz.

domingo, 12 de abril de 2015

A vida é boa, afinal.














Domingo de sol em Curitiba.
Yoga no parque.
Dança indiana.
Meditação.
Almoço no Largo.
Tarde preguiçosa.
E a noite que chega mansa.
Lembrando as palavras da professora de yoga,
Que parecia falar diretamente pra mim:
"A vida não é como a gente quer.
É como tem que ser."

Namastê.

PS: as fotos são do evento. Enviadas pra mim por uma amiga, pois estou sem Facebook. Assim que souber a autoria, informo.

sábado, 11 de abril de 2015















Ela precisa de um tempo.
Para (re)aprender.
Muita coisa.
Tristeza infinita.
Saudade idem.
Vai passar.
Ela vai se acostumar.
A vida vai seguir.

Lugares Proibidos

Contra o Tempo

Quintana, pro sábado

















Somos donos de nossos atos, 
mas não somos donos de nossos sentimentos. 
Somos culpados pelo que fazemos, 
mas não somos culpados pelo que sentimos. 
Podemos prometer atos, 
mas não podemos prometer sentimentos. 
Atos são pássaros engaiolados.
Sentimentos são pássaros em voo.”