quinta-feira, 4 de junho de 2015

Seus sonhos. E os planos do Universo.

Anda ausente, até de si.
Nem adianta dizer que é um momento de crise.
Que vai passar.
Que logo retoma o ritmo normal.
Não há, efetivamente, nenhuma garantia disto. 
E o que tem feito é passear. 
Por seus pensamentos.
Por suas memórias. 
Pelo universo virtual, visitando alguns blogs.
Três, particularmente, a fizeram enredar em suas idiossincrasias, suas certezas e incertezas, seus medos e anseios, suas buscas, encontros, desencontros. 
Está com o texto na cabeça há mais de duas semanas, sem saber ao certo como colocá-lo no papel.
 Ainda não sabe, considerando que muitas ideias se perderam no decorrer dos dias, no fluxo dos pensamentos. 
Ainda assim, precisa listar palavras cruciais que desencadearam a crise de reclusão:

Sonhabilidade.
Ressignificação.

“Houve um tempo que...”.
Clichês, paradigmas.

Realizações.
Cotidiano.

“...pequeno embate das entrelinhas...”

Amor.
Cumplicidade.
Parceria.

Estas palavras, encontradas em posts esparsos, fizeram com que ela se visse, de repente, questionando a vida. 
Tudo na sua vida.
Desde a profissão que escolheu, a profissão que exerce,  o que não planejou pra si, o que sonhou pra si, os amores que viveu. 
Se viu questionando relacionamentos, atitudes, pensamentos. 
Valores.
Ponderou sobre sonhos, sobre efetividade, sobre objetivos. 
Sobre erros e acertos. 
Sobre a pessoa que enxerga no espelho. 
Em que momento a menina sonhadora, que tinha o mundo pela frente e pés descansados para percorrê-lo, se cansou. 
Em que ponto aquela menina depositou seus sonhos na beira do caminho e sentou-se à margem, observando o fluxo apenas. 
Em que exato momento ela se deu conta de que o mundo era maior do que ela podia, e desistiu da parte que lhe cabia.
Principalmente, em que lugar ela se convenceu que não merecia o amor.
E se feriu.
De morte.