quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Fotografando...








Ainda por do sol em Morro. É tão lindo que dói.






terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Um passarinho...





fez seu ninho no kusudama que Paulinha presenteou Renato... bom gosto dos três, né não?




Fotografando...






Pôr do sol em Morro de São Paulo, visto da Toca do Morcego, em 06/12/10.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Coco Channel - ou "dá licença, faz favor?"

Classe, elegância, irreverência, estilo. Atemporalidade.
São palavras até óbvias quando se pensa ou se fala em "Channel" - sempre em conexão instantânea com moda, roupas e acessórios: preto básico, corte de cabelo, pérolas, bolsa com correntes.
Não, não quero e nem vou falar de moda. 
Não sou expert no assunto e nem vou me aventurar. 
Quero falar de estilo - palavrinha pequena que inclusive nomeia uma revista feminina de uma grande editora brasileira. 
Channel era mais que tudo estilo. 
De ser e viver, e deixar viver. 
Li, dia destes, uma frase atribuída à ela que ficou martelando na cabeça e resume seu estilo - e descobri, faz parte da essência do que sou, mesmo inconscientemente. 

"Para ser insubstituível uma pessoa tem que mudar sempre."

Inquietude faz parte de minha alma desde que me entendo por gente: nunca me contentei com o que olhava, sempre enxergava além, lia nas entrelinhas, quis mudar e revolucionar o mundo. E à mim mesma. 
Como diz Lya Luft, "reinventando-me a cada momento". 
Jamais mudei algo para me eternizar na lembrança de alguém, sim por buscar aplacar a ânsia pelo novo, pelo diferente, por conhecer e desbravar e (re)inventar... desde mudar a decoração do meu quarto (teve aquela vez que fiz laços com TODOS os papéis de bombons e chocolates que ganhava, e ia colando na parede, depois no teto, até que logo após a páscoa meu quarto estava completamente tomado por laços de todas as cores e tamanhos!), a posição dos móveis da casa, o penteado, a cidade em que morava... 
mudança faz parte da minha vida desde sempre, desde antes mesmo que eu fosse a dona e senhora dos meus passos e meu destino. 
E isso nunca me incomodou - talvez porque mudando tanto conheci pessoas, lugares, realidades diversas - que fizeram de mim quem sou hoje. Que me fizeram aprender e crescer. 
E talvez por saber que, mesmo mudando a cidade, as idéias, o visual, os móveis de lugar, a profissão ou seja lá o quê, sempre há no mundo lugares para onde tenho abrigo e proteção, com pessoas que me conhecem além das aparências e me amam como sou, tendo sempre colo acolhedor pra me aconchegar.
Então... dia desses comecei a questionar se este meu gosto pelo novo (entenda-se que novo não é necessariamente algo zero bala, e sim algo transformador) seria algum tipo de problema de baixa auto estima, de (in)definição do meu lugar no mundo, ou qualquer outra neura assim... isto por conta de um texto que escreveram pra mim tempos atrás sobre as mudanças do meu cabelo (nunca tinha pintado o cabelo até há pouco tempo, pra não me tornar escrava de salão... mas quando comecei, tomei gosto pela coisa e quis experimentar do loiro ao ruivo!). 
Passei algum tempo ponderando sobre isto, até pra contrariar o fato de que sou impulsiva e passional.
Concluí que não, não tenho problemas de indefinição sobre mim ou meu lugar no mundo. A vida inteira tive personalidade forte, bati de frente, perdi algumas, ganhei outras, preferi cor à "nude", falei alto, ri alto, escolhi meu caminho mesmo quando parecia que não tinha escolhas.
A vida inteira fiz amigos que trago até hoje no coração. 
Desafetos? Certamente. Mas não os lembro. 
E sei que fui referência - talvez nem sempre como gostaria, mas deixei minha marca. 
A vida inteira tive pessoas se inspirando no meu humor, no meu jeito de vestir, de falar, de pensar, de ser, de viver. 
Acho que isto foi a única coisa que não mudou muito na minha vida.
Quem me conhece sabe que não me acho, e não faço tipo. Ou talvez faça, de acordo com meu humor. Mas não me acho, não me esforço pra ser assim - há coisas que são, apenas. 
E não se pode mudar, mesmo que se queira muito. 
Tentei, juro. 
Por pensar que parecia me achar, tentei não tomar iniciativa, não dar opinião, não me manifestar, affff!!!! 
Desapareci. 
Não dá.
E afinal, beibe, sou leonina. 
E não à toa, dragão no horóscopo chinês. 
Fogo e fogo.
Luz, sempre.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A saga da casa própria - Desabafo.

Em 26 de julho de 2010 retornei à Curitiba, para morar.
Vim com o intuito de ficar mais próxima de meus filhos, que estão todos no Paraná – uns mais perto, outros nem tanto (nossa! Quantos!?!? Bom...somando-se aí a irmãmaisnovaqueémaisfilhaqueirmã, são quatro. E apenas Maya mora em Curitiba...).
Temporariamente estou morando com Maya, até achar meu canto.
E decidi que meu canto vai ser meu canto mesmo. Quero comprar algo.
Aí surgem as dúvidas e as limitações...
Sempre que penso em comprar algo pra mim, um espaço meu, penso em algo diferente, com personalidade. Eita pessoa metida, essa, nénaum? E o que é pior: metida e dura.
Mas já aprendi com meu pai que “sonhar não custa nada”... de mais a mais, nem sonho sonhos impossíveis.
Quero algo com charme, espaço, que eu goste e me sinta à vontade... de preferência um edifício antigo (são de cômodos maiores, pé direito mais alto, condomínio mais baixo e normalmente, edifícios menores, que os torna menos impessoais... tá, eu sei. Tem a estrutura hidráulica e elétrica antiga, normalmente pedindo reformas urgentes). Mas um apartamento grande num edifício novo num bairro charmoso custa sabe quanto???? Muito! Muito além do que posso pagar, principalmente.
Andei olhando anúncios de apartamentos em bairros que gosto, próximos ao centro: Cristo Rei, Juvevê, Ahú, Alto da XV, Cabral – e fui até o Cristo Rei, na Sanito Rocha, olhar um duplex. Lindo! Pequenininho, charmosinho. Pequenininho demais pro meu gosto. E sem garagem. Tá, tudo bem, não tenho carro. Mas e Maria Rita? Onde vou deixá-la? Se for pra morar em bairro,garagem é imprescindível! Sem contar que custava R$140.000. No centro, garagem não é tão necessária, afinal trabalho aqui, posso muito bem ficar sem carro por um tempo... aliás, Maria Rita fica num estacionamento, e o preço por moto é muito menor que o de carro!
Fui, com Olga, à Feira de Imóveis que aconteceu no fim de agosto, e tenho que confessar que me senti muuuuuito pobre. Quando dizia ao corretor que procurava um apartamento de dois ou três quartos, no Centro ou próximo,de até uns 150 mil, era olhada como E.T..
Gente, como é que pobre vive neste país??? Cadê o famoso “minha casa, minha vida”?
Se você financiar em torno de cem mil reais, sua prestação (com taxas de juros de 8,4% ao ano mais TR) sai algo em torno de mil reais. E aí? Mais condomínio,luz, água, pronto! Lá se vão mais uns trezentos reais.
Quem ganha um salário mínimo, então, não pode financiar casa própria? Não pode sonhar?
Putz.
Então, começamos a saga no Centro, e posso dizer, não é algo muito divertido procurar apartamentos – por mais que possa parecer.
Comecei olhando, há mais de um mês, apartamentos no centro bem centro mesmo, se é que me entende: dois apês no Tijucas – coração de Curitiba, bem na Boca Maldita, ambos com dois quartos, condomínio baixo e local privilegiado... mas ambos meio esquisitos, escuros, tortos, e apesar do preço excelente (R$132.000 e R$140.000) não me vi morando em nenhum deles.
Olhamos também um no Edifício Asa, esquina da Osório, coração de Curitiba também, tudo pertinho de casa, e... o apartamento era lindinho, ótimo, sala enooorme, dois quartos razoáveis, tudo com armários, preço óóóóótimo... o porém? A cozinha fica escondida no armário... não, tudo bem. Ela até que é funcional, posso viver com ela, mas o banheiro, ah... este não dava. Ele todo mal me cabia de pé... não, não. Apesar do preço ótimo, R$138.000.
Vi um na Muricy, quase esquina com André de Barros: xonei na hora! Grande,dois quartos grandes, cozinha grande, dependência de empregada, despensa. Enooorme! R$140.000. Mas o lugar... achamos meio “punk”, ficamos na dúvida, não foi então paixão avassaladora. Desisti.
Aí olhamos um excelente, no comecinho da Vicente Machado, quase em frente à panificadora 24 horas, tudo ali pertinho da Osório, como podem ver... mas este custava R$150.000 e apesar de ser bom, claro, arejado, era com carpete e o condomínio quase R$400, quem merece? Ia ficar uma cacetada mensal, prestação + condomínio,aí... não deu pra encarar, então, desisti.
Cheguei à conclusão de que era melhor me aquietar, pagar aluguel mesmo, e ir levando, mas meu coração continuava inquieto – e desejando meu cantinho.
Só que nesta história toda já estava pensando, com mais credibilidade do que gostaria, que não ia,nunca, encontrar um cantinho legal, num preço legal, que eu pudesse pagar.
Melhor sossegar o facho mesmo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

=(

Febre, dor no corpo (alguém invadiu meu quarto enquanto eu dormia e me bateu sem dó nem piedade), dor de cabeça, tosse seca (tive que correr atrás de um dos pulmões quatro ou cinco vezes hoje).
Que o mundo acabe.
Em cama quentinha, chazinho e silêncio.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

(Re) Conhecimento...

Três mulheres no carro, voltando de Piraquara após uma manhã de trabalho voluntário. Duas quase curitibanas, uma goiana com espírito meio baiano. As três trabalham na mesma empresa, mas apenas duas já se conheciam: as quase curitibanas. A outra só entrou na história no início da manhã, movida pelo interesse comum do voluntariado.

"Meu apartamento é pequeno, mas gosto de morar só. Tive experiências de moradias coletivas que não foram muito boas... morei numa casa de estudante, depois numa república e não foi legal..."
"Uma casa de estudante? Qual?"
"A CEUC."
"Sério que você morou na CEUC!!!???!!! Que legal!!! Eu também!"
"Vocês moraram na CEUC? Sério? Eu também!"
"Não acredito!!! Foi uma das melhores épocas da minha vida..."
"...da minha também..."
"...já pra mim não foi tão bom assim... "
Seguiu-se daí uma conversa de conheceu fulana, conheceu beltrana, morou em qual quarto??? Infelizmente épocas diferentes, nenhum conhecido a não ser Irene, quase patrimônio da Casa. Mesmo assim uma sensação boa de "pertencenimento" no peito. De ter encontrado referências comuns.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

De volta pra casa...



Sol. Temperatura amena. Incrível: Curitiba se vestiu de luz pra minha volta.
Foi interessante minha volta à esta cidade fria que amo.
Meu olhar, diferente das vezes em que estive aqui nos últimos anos, não era de saudade - e sim, de reconhecimento . As ruas no caminho do Aeroporto até o Centro, cheias de amores perfeitos multicores, trazem de volta histórias boas, episódios vividos em outras épocas, quase outras vidas - mas tão bons de relembrar!
Sim, estou de volta.
De volta pra casa. Se é que, na verdade, tenho entre tantos lugares que amo um que possa chamar assim.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

...





"Mãe, minha pálpila tá doendo!"
"Sua o quê, filha???"
"Como é mesmo o nome disto aqui?"
Aponta para a pálpebra, ciente, pelo tom da voz da mãe, que havia errado algo.
.
Putz, que mãe cruel. A menininha mal tinha três anos, e já tinha vergonha de errar uma palavra.
Não sei se eu queria uma mãe assim pra mim.
.
Por outro lado, a menininha cresceu, virou jornalista e escritora - e é muito boa no que faz.
Acho que eu queria uma filha assim pra mim.
.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Receita de sopa

Você frita o alho, dois ou três dentes, em um pouquinho de óleo. Acrescenta a carne (que pode ser músculo, posta vermelha, acém) em cubos, e deixa fritar bem. Coloca água e deixa cozinhar até a carne ficar bem macia, quase desmanchando (na pressão funciona melhor). Deixa a água secar, e quando a carne começar a fritar novamente, coloca cebola. Raladinha, ou picadinha bem pequeno. Deixa refogar, e coloca tomates. Maduros, sem sementes, raladinhos. Ou bem picadinhos. Refoga mais um pouco. Acrescenta cenoura em cubos pequenos, vagem picadinha, batata em cubos, mandioquinha salsa, sempre mexendo e deixando refogar. Tempera com sal e pimenta do reino, coloca água, bastante, e deixa cozinhar. Sem pressão, que é pra os legumes cozerem aos poucos, ao tempo em que o caldo vai engrossando. Então você coloca cheiro verde, acerta o tempero e tá pronta uma sopa quase creme... pra o frio que vi hoje no JN, acho que este vai ser o cardápio do mês todo em Curitiba.
***
Mas o mais gostoso é quando a sopa tá pronta, o cheirinho pela casa toda e os filhos vão chegando, um a um. A gente se senta juntos pra aquecer o corpo com a sopa da mãe e a alma com a presença um do outro.
***
Esta receita também é conhecida por "Felicidade".

terça-feira, 22 de junho de 2010

Brasil 3 x Costa do Marfim 1

Resultado muito melhor do que o anterior, né?
:D

sábado, 19 de junho de 2010

Conforte-me com maçãs

Capítulo 09, "Chovendo Camarões", Página 211:
"Ela abriu as portas de meu quarto e entrei, caminhando sobre grossos tapetes brancos até um banheiro de mármore branco. O quarto estava cheio de flores. Uma garrafa de champanhe repousava em um balde de gelo, uma cesta transbordava de mangostões e rambotãs. A mulher me conduziu até a porta de vidro do terraço e para fora até o parapeito. Abaixo de nós o sol rebrilhava nas águas do rio, como se a cortina de poluição pairando sobre a cidade tivesse sido aberta. Em Bangcoc, pensei, o sol brilha somente para os ricos."
***
Tudo bem, tudo bem. Isto, por vezes, acontece não só na Tailândia, mas no mundo todo.
Mas o que me chamou a atenção foi a cesta transbordando de mangostões e rambotãs... :D
Durante a breve visita de minha mãe aqui em Valença, Bahia, Brasil, comprei alguns frutos para que ela conhecesse, e fotografei, esperando uma inspiração para escrever sobre eles e seu gosto delicadamente diferente e, agora pela manhã, lendo o livro pelo qual estou encantada, encontro a passagem acima. Quem não conhece os frutos fica pensando em cachos lindos e exóticos transbordando pela cesta... pode até ser. Mas aqui não são vendidos em cachos, apesar de serem bastante bonitos.
***
Mangostão man.gos.tão
sm malaio manggustan 1 Bot Árvore gutífera da Índia e da Malásia (Garcinia mangostana).
2 Fruto desta árvore. 3 Farm Pericarpo deste fruto, usado como adstringente. Var: Mangusta, mangustã, mangosta e mangostã.
(Dicionário Michaelis Online)
Mamãe provando mangostão. Será que ela gostou?
(Tá, Paulinha, eu sei, eu sei. Tomar cuidado com o fundo... mas era a cozinha, e na hora nem me preocupei com tal detalhe...)
***
Originário do arquipélago malaio, o rambutan é muito semelhante à lichia, tanto em beleza quanto em paladar, pois pertencem à mesma família (Sapindacea).
(No Michaelis, não há Rambotão, sim Rambut, que leva à Rambuteira)
Infelizmente não pude registrar mamãe provando o rambotã... a moça do hortifruti foi muito gentil e partiu um na hora, pra ela provar. Eu estava sem a câmera. Mas posso garantir que teria sido uma foto muito melhor do que ela provando mangostão... rssss... impagável. E sim, sei que ela vai ter ganas de me matar quando ver este post, mas... não pude resistir.)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Reflexos

Odeio essa porcaria deste notebook.
Que do nada deletou o texto que eu tinha escrito.
Odeio.
Prefiro computadores grandes, com monitores grandes, com teclados que não buscam traiçoeiramente atalhos que apagam do nada o texto que você tinha escrito sem rascunho porque a porcaria do blogger salva automaticamente mas ele não tinha salvo aí você perde tudo.
Os cinco minutos de inspiração e genialidade que demoraram muitomuitomuito tempo pra aparecer se vão em um segundo de distração.
 Ah, estava tão legal o texto...
Saco.

domingo, 2 de maio de 2010

Comemoração



"Parabéns, Lu. Você passou na Federal."
Isso foi dito tão tristemente, tão pra baixo, que não acreditei que fosse verdade. Eu estava em Maringá, hospedada na casa da tia de minha amiga Luciana, fazendo prova pra UEM. Chego da prova, último dia, e recebo a notícia, mas do jeito que foi, não acreditei. Não me toquei, na hora, que é porque Luciana, que tinha feito prova pra psicologia na Federal, não tinha passado.
Viajo à noite, e chego em Foz sexta de madrugada: rodoviária cheia, muitos amigos, cartazes, festa. Era verdade, afinal.
"Parabéns, parabéns!"
Agora com a alegria de pai, mãe, família, amigos, todos que torciam muito por mim.
"Churrasco hoje à noite pra comemorar!"
Meu pai não cabia em si de orgulho, de felicidade, de realização. A primogênita era também a primeira neta a passar no vestibular numa instituição federal, orgulho de toda a família, enfim.
"Filha, o que você quer?? Pode pedir!"
"Posso mesmo, papai? O que eu quiser?"
"Claro! Você merece!"
"Posso tomar um porre?"
"Pode!"
...
E assim foi. Trocentas cervejas e nem alterava-se minha alegria natural. "Que coisa é essa, que bebo e nada? Não entendo porque este povo gosta de beber, então!"
Aí acontece minha perdição: passa alguém com um big copo de caipirinha. "Experimenta, Lu."
"Hummmm, é bom", e viro o copo. E o porre chega num átimo. Rapaz, foi histórico. Eu brigando porque a Ju estava lá, e sabe-se lá porque cargas d'água eu não a queria ali, minha mãe tentando me acalmar, todo mundo feliz mas preocupado, e eu só queria papo com Helena. "Baixinha, eu te amo!" Banho pra melhorar e dormir? Só se a Baixinha cuidar de mim, mais ninguém. E claro, logo depois, apaguei.
Acordei no outro dia nova em folha, todos dormindo, limpei toda a casa, lavei a louça, lavei garagem, calçadas, e fui pra casa da Nadir (mãe da Ju, santa criatura). Depois pra casa da Vilma, até o povo todo acordar. E o dia foi assim, sem ressaca. "Que coisa é essa, que o povo reclama de ressaca e não sinto nada? Acho que posso beber sempre, então!"
...
Domingo pela manhã acordo e abro os olhos. O teto vem bater na minha testa. O dia todo enjoada, dor de cabeça, corpo ruim, ressaca é isso??? Não bebo nunca mais!
...
Claro que bebi outras vezes. E tive inúmeras ressacas - de alguns porres históricos, como o da noite de núpcias (rapaz, pode acreditar!). Mas o meu primeiro porre, ah, não dá pra esquecer. E agora descubro que Adriana, amiga querida que estava lá, tem fotos. Prá lembrar e matar a saudade - da adolescência, de pessoas amadas, do meu pai. Que foi o melhor pai que eu podia ter desejado no mundo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Rio de Janeiro continua lindo...

... e fora uma praia que eu nem sei qual é, não conheci nada dele.
Ops!
A não ser, claro, o Galeão.
Este já é meu íntimo, aliás.
Casamento da Thaís, futura mamãe da Nicole.
Família reunida.
Tem coisa melhor que isto???
Acho que só dois disto. ...
Acho mesmo que tá na hora de voltar pra casa, afinal.

domingo, 28 de março de 2010

"E você acredita nisto?", me pergunta o chefe quando digo que, se Deus quiser, meus projetos profissionais vão começar a se encaminhar neste ano.
"Ué, claro que sim! Se Deus quiser!!!"
"Não, você não entendeu. É nisto que pergunto se você acredita."
"???" (Cara de quem não tá entendendo).
"Deus, Loira. Você acredita em Deus?"
"E você, não?"
"Não, eu não acredito."
...
Sim, eu acredito. Não no Deus dos católicos, dos evangélicos, não em deuses pagãos.
O Deus em que acredito não tem religião, e é infinitamente bom. Mas também é justo. E sabe a maneira de tratar com cada um de seus filhos aqui na terra - por isto ainda não ganhei na megassena (ele me conhece, este meu Deus, e sabe que no fundo, no fundo, isto não seria bom pra mim).
O Deus que eu acredito é generoso - tão generoso que, mesmo que por vezes não mereçamos, Ele nos dá uma segunda, uma terceira e quantas chances forem necessárias para aprendermos. Mesmo que a gente insista nos mesmos erros, e em acreditar que somos donos da verdade e da justiça.
O Deus que eu acredito não dá ponto sem nó - mesmo que o nó esteja um pouquinho distante.
Este meu Deus gosta muito de mim, e não sei porque. E isto é só mais um motivo pra eu acreditar na sua infinita bondade e generosidade. Veja só: Ele me possibilitou nascer numa família supimpa (putz, isso é muito antigo, hein?), especial, onde somos todos (apesar de divergências ocasionais de opinião) amigos. AMIGOS de verdade, no sentido mais amplo da palavra. Ele me possibilitou pai e mãe que me fizeram crescer sabendo o que é certo, o que é errado. Que me ensinaram o valor da palavra, da justiça, da bondade. E que me fizeram crescer com a certeza de um amor infinito, embora não cego - o que é melhor ainda, pois me amaram desde sempre com todos os meus defeitos (e não são poucos!) e qualidades. Junto com estes pais, vieram tios e avós que sempre, por toda a minha vida, me fizeram sentir especial: a Lucinha de seus corações. E posteriormente, três irmãos fantásticos, amigos de toda hora e qualquer encrenca. Como se não bastasse, Ele me deu a possibilidade de ser mãe três vezes!!! De três seres humanos ímpares, especialíssimos, que aprenderam a olhar as pessoas e a vida com olhos de coração, e que possuem caráter e bons sentimentos e me fazem sentir orgulho de ser sua mãe.
Ele me possibilitou um bom emprego, ser boa aluna, ter ótimos amigos, viver num lugar lindo, caraca!!! Como é que não vou acreditar em Deus??? Quer dizer que tudo isto, toda essa infinitude de coisas boas que me acontecem são obra do acaso??? Ah, não. Não acredito mesmo nisso.
E este Meu Deus é tão bom, tão bom, que todas as noites, ao deitar-me, só tenho a agradecer. E sinto-me constrangida em pedir - porque me sentiria muito egoísta, tendo tanto quando outros tem tão pouco, e ainda pedir mais.... mas às vezes, ah, não dá pra segurar. Às vezes, como agora, peço.
E tudo o que eu peço, mais uma vez, é que Ele continue iluminando meu caminho - e me mostrando o rumo a seguir - porque quando isto acontece as coisas se encaixam e se sucedem como por encanto.
...
É, eu acredito em Deus.

terça-feira, 16 de março de 2010

Manhã de terça, 16/05/10

Converso com minha filha pelo MSN.
Nada melhor que isto!
Mentira.
Melhor que isto se ela estivesse ao alcance do meu abraço.
Melhor que isto se estivessem os três online.
Melhor que isto se estivessem os três ao meu lado, todomundojuntoreunido.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Segunda feira de Carnaval, uma saudade no coração

"Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
 Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim"

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Matheus


Amor resume.

Salvador, 18 de janeiro, 2010.



Estou na sala de estudos do Hotel Tropical da Bahia, tentando estudar.
Tem uns quarenta minutos que o Pepeu Gomes tá aqui, com duas mulheres, fazendo uma reunião. Chegaram, entraram, e o meu silêncio, precioso pro estudo, foi pras cucuias.
Aí pensei em escrever pro meu filho, Matheus, que hoje completa 18 anos, mas caracas!
Nem isto estou conseguindo, este povo não se toca.
E eu até gostava do Pepeu. Até agora.
...
De qualquer forma, fica registrado, filho meu, meu desejo de Feliz Ano Novo.