terça-feira, 20 de março de 2012

O tempo...

...é inexorável.



Mas o ruim é quando ele leva, nos seus calcanhares, sonhos.
Ilusões.
Triste é quando a pessoa pensa que, por ser madura, não pode brincar.
Não pode sonhar.
Não pode ser alegre.
Não pode.

Lembro que, quando adolescente, recebemos a visita de primos de minha mãe, bem mais velhos que ela, acho que na casa dos sessenta: Francisca, o marido e a irmã, Luzia.
Francisca e o marido eram exatamente o que se espera de um casal idoso: preferiam programas calmos, sem muito agito, ela se vestia de marrons e cores sóbrias, se movimentava e falava pausadamente...
Luzia, ah, esta me conquistou de cara e definitivamente!
A começar por suas roupas, sempre coloridas, de modelos joviais e alegres, até sua postura diante da vida, suas risadas e os passeios que gostava de fazer conosco, adolescentes.
Algumas pessoas criticavam seu jeito de ser, "ela não tinha senso".
Ainda acredito que, na verdade, ela era feliz - e estas pessoas que a criticavam o faziam por não saber como serem assim também.

Espero ser feliz como ela.

terça-feira, 13 de março de 2012

Tem dias...

...em que me sinto assim, meio mais ou menos. 
Não gosto de mais ou menos, assim como não gosto de morno.
Gosto de frio, e gosto de quente. 
Gosto de mais, e gosto de menos. 
Não gosto de mais ou menos.
Ainda bem que estes dias são raros.
Ainda bem que estes dias acabam.