segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sustentabilidade

Na verdade eu nem ia postar hoje.
Mas perdi o sono por razões que não cabem aqui, e resolvi dar o ar da minha graça.
Pessoas, fui hoje ao Mueller assistir "Planeta dos Macacos" - adorei. Sem contar que na segunda feira a entrada é apenas sete dinheiros, e a meia três dinheiros e meio; o horário das 18:30 é super tranquilo, foi ótimo! E ainda tive a companhia deliciosa da Grazi.
E o shopping está com uma mostra de design, acessibilidade e sustentabilidade... na verdade, quando vi a propaganda, pensei que seria melhor, sei lá, tivesse mais coisas... mesmo assim, trouxe algumas fotos de coisas que gostei e vou dividir com vocês:

Pufe feito de cédulas recicladas...
vê ali o valorzinho que foi gasto com ele???


Mesa feita com tambor de máquina de lavar... não ficou lindo?
 M
Aqui ao lado um sofá lindoooooooo de palletes,
com estofado de lona de caminhão,
e ao fundo uma estante lindalindalinda de caixas de mercado...
e viu o relógio de disco de vinil, que fofo???

Cúpula feita de papel artesanal... show de bola!!!

Luminárias de pvc...
O encosto do sofá é feito de batedores de roupa em madeira...
não ficou lindo pintado assim de vermelho???
A base deste aparador foi feita de caixotes de madeira pintados
de preto, amarrados por um cinto de couro...
não ficou lindo?

sábado, 27 de agosto de 2011

Mudando na última hora!!!

Estava com o texto de hoje pronto, mandei via email do trabalho, escrevi ontem no meu horário de almoço, falando sobre médicos de família, obsolescência e tals, aí, antes de postar resolvi visitar alguns blogs que sigo, e putz! Se até conversando eu me perco em caminhos e desvios do meu pensamento e imaginação, imagina viajando pela net o que acontece??? Poizé. Resolvi guardar o post já pronto pra um outro momento e deixar aqui meus pensamentos de agora:
1. Vi, aqui do ladinho, o favicon personalizado do FiqueRicoDiariamente e do UmAnoSemCompras. Foi o que bastou, também quero um! E na busca por imagens pra construir o meu, encontrei dois sites muito interessantes de Portugal, o MeuMundoBlog e o  StyleeStuff, que se engajaram no projeto "um mês sem compras", inspirado na Jojo. Achei muito legal porque ela também foi minha inspiração inicial, como conto aqui. E resolvi compartilhar com vocês, muitas das quais se encontram no mesmo desafio que eu. O mais interessante, vocês verão, é um comentário num dos blogs sobre "não comprar ser mau para o país", onde a pessoa que comenta concita as outras a aderirem ao movimento 560, ou seja, comprar apenas produtos portugueses. Não vou divagar mais aqui sobre isto, até para não me tornar cansativa, mas achei interessante citar e despertar para conhecimento/análise/crítica.
2. Na história de viajar por outros blogs, descobri a Cris, e já linquei aí do lado. Eu, particularmente, acho muito legal quando encontro outras pessoas em desafios pessoais, principalmente quando são semelhantes ao meu - parece até que encontrei um velho amigo que não via há muito tempo! Tá, eu sei, isto faz parte desta minha personalidade meio esquizofrenicamentedeslumbrada, mas taí, eu sou assim, não vou mudar e aos 47 já passa da hora de me aceitar (e me amar!) assim, e viver a "dor e a delícia de ser o que sou", eterna aprendiz, em constante fascínio com a idiossincrasia e o encanto das pessoas, a diversidade e a magia da vida, e todas as possibilidades que o universo oferece.
3. E o meu favicon, feito no impulso e as pressas (um dia aprendo a arte e o dom da paciência, disto não desisti), ficou assim (mas ainda pode mudar - provavelmente vai mudar!):

E agora, pessoas lindas, eu vou fazer algo que não encontrei ainda alguém que faça por mim: faxina!
Porque mais tarde tem Imagem & Ação, pizza e cerveja com uma turma do bem que conheço há pouco tempo mas já mora no meu coração!!!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Caminho das Indias

Esta foi a novela exibida no horário das 21:00h pela Globo, de janeiro a setembro de 2009, e que relatava as agruras e alegrias da heroína Maya - que é também o nome de minha filha mais nova.

Paula, a filha mais velha, morava comigo na Bahia. Uma noite chego em casa cansada e acabada, quase nove da noite. Na cozinha, ela está envolvida com o preparo de uma comidinha gostosa (ela é muito boa nisto!), vou até lá dar um beijo e estranho a expressão de seu rosto.

"- Filhota, tudo bem?"

Silêncio, cheio de infinitas interpretações possíveis pela expressão que ela faz.

"- Filha, fala logo."

Ela me olha um olhar indecifrável, algo entre pena e choro contido, os olhos brilhando pelas lágrimas represadas, e ainda não diz nada.

"- É melhor eu me sentar?"

"- Senta, mãe. É melhor."

Meu coração disparou, parou, disparou novamente, senti o sangue congelar, o tempo parar, perdi a sensação das pernas... revivi, instantaneamente, a dor da perda recente de meu pai, a cabeça rodando a mil e pedindo a Deus que não fosse nada que eu não pudesse suportar, listando em um átimo cada membro amado da família, todos longe, cada um num lugar diferente, o que teria acontecido? Com quem? A voz veio num fio, meio sussurrada, meio "miada":

"- Não queria ser eu a te falar..."

Fiquei olhando em silêncio, o coração aos pulos, o sangue gelado.

"- Ah, mãe, mas não é justo, não é justo!"

Continuei estática, esperando a notícia que, a esta hora eu já sabia, não poderia ser boa.

"- Ah, mãezinha, não acho justo... todo mundo sabe, todo mundo tá falando, só a senhora ainda não sabe... não acho justo fazer isto com a senhora..."

Calada eu estava, calada continuei, esperando a bomba.

"- Mãe, a Maya tá grávida."

Como assim, grávida? Grávida? Mas a Maya não tem namorado, tá fazendo faculdade, como grávida? A Maya, grávida? Como assim, grávida? Estas palavras ficaram rodando na mente, no coração, na alma. Não me lembro agora se falei algo, se fiquei calada, se chorei. Acho que ainda estava tentando me encontrar depois do baque pra identificar o que estava sentindo, quando ouço:

"- E isto não é o pior, mãe."

Como assim, não é o pior? A Maya, sozinha em Curitiba, sem namorado, a Maya, tão menininha, no primeiro ano da faculdade, a Maya, grávida. E não é o pior?

"- Sabe, mãe, o pior... o pior é que ele fugiu."

Putz. Minha nenem, grávida, sozinha longe de mim, e ele fugiu. Que sacana é este? Ah, os homens, maldigo-os todos, o mundo gira, o tempo avança, mas algumas coisas não mudam... nem tenho tempo de verbalizar minha ira, minha revolta, Paulinha, na minha frente já não consegue se segurar:

"- Mãezinha, o Bahuan fugiu pros Estados Unidos!"

...

Esta é minha filha: além de muito boa na cozinha, excelente escritora e jornalista, é atriz impecável. E de criatividade ímpar! Só eu sei o que a Globo está perdendo.

Reparem no olhar de "arrá, eu vou aprontar!" da Paula.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

dia 106 - Descobrindo sentimentos em posts alheios

Não tenho escrito muito, bem sei. E óbvio, você que vem aqui me dar força, também sabe.
Tenho creditado isto à fase que atravesso: um período meio complicado de readequações (outro dia falo sobre isto), visitas e viagens... o que acaba resultando numa falta de tempo muito grande. Tanto que tinha preparado um big texto muito interessante (ao meu ver) sobre os cem dias - este número dá muito assunto... mas preparei na minha cabeça e em poucas linhas rabiscadas entre correrias no trabalho. Aí, pra não passar em branco, coloquei apenas a figura - e voltaria pra postar o texto depois. Só que depois já tinha comentários, e não achei legal mudar nada...
Na correria tenho me esforçado por acompanhar alguns blogs que gosto, de pessoas que, como eu, se dispuseram (independente dos motivos) a ficar um período sem compras, embora nem sempre comente. E hoje a Marina falou algo que caiu como um raio na minha cabeça: permanecer sem comprar vira regra, não exceção. E a gente acaba se acostumando, e não vê o que falar, por ser cotidiano, por ter se tornado "comum". E percebi que muito de não estar escrevendo é porque este espaço é um diário, na verdade. Pra registrar dificuldades, sentimentos, ocorrências advindas de "estar sem comprar coisas supérfluas" por um ano. E não tenho sentido tantas dificuldades como pensei - embora também não seja algo extremamente fácil. É apenas algo que decidi e não está sendo difícil praticar...

1. Percebi que, com o frio e talvez por não estar comprando outras coisas, meu consumo de chocolate aumentou consideravelmente - a balança confirmou esta percepção. Então, decidi controlar o chocolate. Controlar, vejam bem, não eliminar. Sou, sim, chocolover. =D

2. Foi meu aniversário - e ganhei presentes que me deixaram bem feliz, coisinhas de menininhas (e foram menininhos que escolheram, eles são muito fofos!). Mas a sapatilha exige troca, é um número menor do que o meu pé... ganhei também acessórios, eu que sou louca por eles... lenços, pulseiras... fiquei bem feliz, viu? São coisinhas que vem revitalizar meu acervo pessoal, trazer novas possibilidades...  =D

3. Ainda não me decidi sobre comprar ou não presentes. Foi o aniversário de minha sobrinha-neta e não comprei nada (ela nem percebeu, fez um aninho e não entende nada... mas não gostei de não dar presente pra ela, tenho que ser honesta). Foi aniversário do meu bem, e não comprei nada (ele não se incomodou, entende meu propósito, mas também não me senti bem em não dar nada a ele)...

4. Estou pensando seriamente em fazer UMA compra. Lembra que lá no início eu disse que compraria as caixas de som pro AWK??? Pois é, ainda não comprei, e pelo andar da carruagem, só em outubro, com a PLR... mas o que estou pensando em comprar, na verdade, é algo que me ajudará muito nos dias que faltam até o fim do meu ano sabático e depois, não as caixas de som... estou pensando seriamente em adquirir uma máquina de costura - AMO customizar, costurar. Tenho cortinas para consertar, roupas que posso reformar, duas caixas de tecidos e uma de retalhos (sempre fui envolvida com costura, arte...) e uma máquina, ah... embora não seja ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO, não se enquadra com certeza na categoria de supérfluos... concordam???

E agora vou dormir, que já é tarde e amanhã é dia de branco... boa noite a todos!

=D

E muito obrigada pelo apoio!!!


terça-feira, 16 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Crenças *

Na natureza, as cores são diferentes - mas combinam entre si e completam-se.
As notas musicais são distintas, embora combinem entre si e completem-se.
Assim as pessoas.
Algumas acreditam em “ter”, outras em “ser”.
Algumas em ídolos, outras em fadas e duendes.
Algumas na fragilidade do ser humano, outras na força de sua alma.
Algumas acreditam que o amor é construído dia a dia,
sólido como uma muralha.
Outras, que ele acontece sem aviso prévio,
real e intangível como o mais lindo arco íris após a chuva.
Uns acreditam que a vida tem que ser planejada,
outros que ela tem que ser vivida dia a dia.
E nessas diferenças é que as pessoas se encontram,
combinam entre si e completam-se.
Já pensou que tédio se todos fossem budistas, petistas, corintianos?
Qual seria a graça da vida?
Eu, por minha vez, acredito em viver. No bom humor. Em sonhar.
Acredito em amor à primeira vista,
e também que o tempo é o melhor remédio...
acredito em anjos, e em amizade verdadeira.
E acredito que meu signo combina com o seu.


 

*Resgatando textos antigos

94 dias e muitos sentimentos

1. Já se foram três meses. Passaram sem sentir? Necas de pitibiribas. Doeram demais? Também não.

2. Vi hoje em algum lugar uma propaganda das "Alpargatas Paez". Lembra minha adolescência, é confortável, despojado. #amo. Senti vontade de ter uma: vai pra minha lista de desejos.

3. Lista de desejos??? Como assim, lista de desejos??? Pois é, pessoas. Criei ali em cima uma página pra anotar as coisas que sentir vontade de comprar neste ano de aprendizado... vou anotando, e periodicamente, revendo. Os desejos, os conceitos, as necessidades. Se, ao fim do ano que me propus, algum ítem deste permanecer incólume, vou pensar em comprar. Não, não é uma lista para sair consumindo desenfreadamente após 08 de maio de 2012 - até porque se assim fosse, o que me proponho seria inútil, concordam???

4. Ando sem inspiração nenhuma, e putz, joguei meu comprometimento no lixo. Desculpem. Não me acertei com a nova analista, ando assoberbada de trabalho, as bolinhas acabaram e meu médico está de férias, o substituto deu a receita errada, estou no inferno astral pré aniversário (ufff, ainda bem que passa logo!)... e isto se reflete na minha produção aqui. Todos os meus compromissos com escrever estão em stand by - menos a coluna do jornal, que antes era quinzenal e agora se tornou semanal. Mas estou me organizando (e isto significa rever, repensar, resignificar, reinventar, reencontrar) e acredito que, muito em breve, consigo minha rotina de novo.

5. Tenho acompanhado pouco pessoas que gosto e que também estão no mesmo propósito, pelo mesmo motivo acima. Mas ainda assim, acompanho! E aprendo com vocês, Ashen, Ziula, Marina, NadjaIeda. Me inspiro em vocês, também.

6. Tenho que rever algumas coisas. A primeira é PRESENTES. Não vai dar pra simplesmente não comprar, percebo agora. Mas preciso estabelecer valores, e princípios - dentro do que me proponho, a sustentabilidade é fundamental. Estou elaborando isto, e breve compartilharei com vocês.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

88 dias sem compras supérfluas

No fim da primeira semana sem compras, fiz um balanço de como tinha sido (você pode ver aqui) e pensei que, ao fim de cada semana (preferencialmente no domingo, quando tenho mais tempo livre), faria o "balanço semanal" escrevendo sobre:
1. Como me senti no decorrer da semana
2. Sentimentos novos advindos da "abstinência" de compras
3. Sentimentos antigos que viessem à tona naquele lapso
4. Dificuldades encontradas no cumprimento de meu propósito
5. Constatações e descobertas relacionadas ao tema
6. Desejos despertados
7. Qualquer outra coisa que me desse na telha, relacionado a viver "UM ANO SEM COMPRAS" supérfluas

Pois é, pessoas, eu sei. Pensar é uma coisa, realizar é outra. Não cumpri este compromisso comigo mesma - e com vocês. Mas hoje, quase noventa dias depois do meu impulso inicial, a dez dias do meu aniversário, estou realizando o "balanço trimestral". E o saldo, acreditem, é muito positivo.

Se eu disser que tem sido a coisa mais fácil do mundo, estou mentindo.
Se eu disser que tem sido a coisa mais difícil do mundo, estou mentindo.
Não tem sido fácil ao extremo, nem tem sido difícil ao extremo. É engraçado como é algo que simplesmente incorporou-se ao meu cotidiano, e que agora apenas "faz parte".

Outro dia, quando conversávamos eu e Maya, ela perguntou "Mãe, porque é mesmo que você começou isto?". E foi, sim, para colocar sob controle minha compulsão de consumo. Não, não era uma coisa doentia (eu acho). Mas como já falei aqui, comprar é uma terapia, sim. E eu era cliente de carteirinha desta terapia. O bom, o gostoso disto tudo, é que em seguida comecei a agregar vantagens nesta história e enxergar coisas que as vezes fazia inconscientemente, e que fazem diferença no mundo - e na minha vida. Estou (bem aos pouquinhos) reorganizando minha casa, minha vida, minha rotina. Estou limpando meus espaços, reaprendendo e aplicando atitudes de reaproveitamento, reciclagem, reutilização, consumo consciente. Descobri em meu guarda roupa novas combinações de cores, texturas, estilos. Descobri novas funções para velhas coisas, voltei a exercitar minha criatividade...

E estes quase três meses passaram-se assim, serenos.