quarta-feira, 26 de junho de 2013

Biscoito de polvilho doce da Marcinha

Salvando aqui para experimentar. Breve.

Ingredientes
Uma xícara de chá com água fervente,
Uma xícara de manteiga,
Duas xícara de chá de polvilho azedo,
Dois ovos,
Pitada de sal. 

Preparo:
Derreter a manteiga e deixar reservado.
Colocar o polvilho em uma vasilha, juntar a manteiga e a água quente.
Mexer bem, colocando os ovos e o sal. 
Mexer até que a massa fique homogênea.
Colocar a massa em um saquinho, colocar na assadeira do jeito que preferir.
Assar até dourar.

domingo, 26 de maio de 2013

O melhor bolo de mandioca do mundo!

Assim o Daniel Bork, do Receita Minuto, apresentou a receita abaixo, no jornal Metro.
Quero experimentar, por isto posto aqui.

Ingredientes

Massa:
600 g de mandioca cozida (é, cozida)
2 xícaras (chá) de açúcar
2 colheres (sopa) de manteiga
3 ovos
1 xícara (chá) de leite
2 xícaras (chá) de coco seco ralado grosso (como é que não fica bom?)
1 vidro de leite de coco (200 ml)
1 pitada de sal
(Não, eu não esqueci do fermento. Na receita não tem)

Para untar:
2 colheres (sopa) de margarina
1 xícara (chá) de farinha de trigo

Modo de preparo:
Coloque o coco ralado em uma vasilha, regue com o leite de coco e o leite de vaca, deixando hidratar por quinze minutos. Processe as mandiocas ainda quentes e coloque em uma batedeira. Acrescente o restante dos ingredientes da massa e bata por cinco minutos, em velocidade média. Coloque em assadeira untada com margarina e polvilhada com farinha. Leve ao forno quente por aproximadamente uma hora, ou até que fique dourado. Tire do forno, espere amornar, desenforme, fatie e sirva. Decore com coco ralado e polvilhe canela em pó. (hmmmmm)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Linhagem

Do avô (paterno)
a certeza de que o amor pode ser incondicional.

Da avó (paterna)
o aprendizado de ninguém é o centro do universo.

Da avó (materna)
 o desejo de alçar voos além do horizonte visível.

Do avô (paterno)
a mania de se achar a dona da verdade.

Do pai
o bom humor cantante e a fé na vida.

Da mãe
a força de recomeçar e o desejo de acertar, sempre.

De uma bisavó errante
o espirito independente.

De outra tataravó distante
a inconformidade com as coisas do mundo.

E não sabe de onde
 esta mania de sonhar.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Cenas Curitibanas

Cena 1
Sábado, Parque Bacacheri, após o almoço.
Levo meu bem, que passa férias aqui, para conhecer o parque e caminharmos um pouco. Ao estacionar passo por um grupo de jovens bebendo e ouvindo som alto, com muita algazarra, ao lado de uma placa que justamente avisa sobre a proibição de ouvir som alto, mediante risco de multa e pontos na carteira.
Entramos no parque, sol alto, e durante a caminhada passamos por um carrinho de sorvete onde mãe e filho trabalham, ela bem mais idosa, sentada a um banquinho sob o guardassol. Resolvemos parar, o calor pede um picolé. Esperando  para ser atendidos já escolhemos o que queremos. O filho entrega o picolé ao casal que ali estava, pega o dinheiro, passa para a mãe, olha para nós como quem espera o pedido. Há um adolescente impaciente acompanhado de um menino indeciso, então Ramon diz:
- Vou experimentar este aqui, de uva ácido.
O vendedor pega o sorvete e estende a ele. Incontinenti, o adolescente toma o sorvete, já na mão do meu bem, entrega para o menino dizendo:
- É este que você quer, não é?
Olhamo-nos meio abobalhados, eu, Ramon, o vendedor e sua mãe, com a atitude grosseira do garoto. Para quebrar o constrangedor da situação, brinco:
- Olha, moço, não sou mal educada não... só pedimos porque pensamos que vocês ainda estavam escolhendo.
Foi a mesma coisa que ter falado com o guardassol. Ele ignorou solenemente o que eu falei, e o vendedor disse que não, ele ainda não havia escolhido. O rapaz pediu outro picolé para ele, entregou o dinheiro para o vendedor que passou à mãe. Enquanto ela contava o troco, não me segurei:
- O senhor pode, por favor, nos dar outro picolé igual ao que ele tirou da mão do meu namorado? E para mim, um de coco.
Não minto. Fiquei com vontade de tomar a porcaria do picolé da mão do menininho, porque se o idiota do irmão aborrescente dele dava este exemplo, ele seria outro do mesmo naipe no futuro... mas me segurei.
Fomos atendidos, e a senhora pediu desculpas pela atitude do garoto - o que não tinha nada a ver, porque a má educação não foi dela. Comentamos sobre nossa surpresa com a atitude dele, e ela disse que isto acontecia com mais frequência do que imaginávamos. Continuamos o passeio um tanto indignados, mas decidimos não deixar isto interferir no nosso bom humor.

Cena 2
Terça feira, padaria da esquina, hora do almoço.
Passando apressada para um compromisso, olho pelo vidro e vejo a bandeja cheia de sonhos de nata, meus preferidos. Nenhum cliente aguardando atendimento, penso que posso perder uns minutinhos e pegar dois ou três para o lanche da tarde. Chego ao balcão, nenhum atendente. Chega logo após uma senhora, impaciente, tamborilando os dedos no balcão. Quando finalmente a atendente aponta na porta da cozinha, ela não me dá tempo e vai logo pedindo "pães franceses, os mais torradinhos, e rápido que estou com presssa". Olho para a atendente que vem logo atrás da primeira e pergunto, educadamente e em bom tom:
- Você pode, por favor, me atender?
A mulher me olha de cara feia. Peço os sonhos, ela pega o pão e vai para o caixa. No mesmo tom educado digo à primeira atendente:
- Posso dar uma sugestão? Quando chegar ao balcão e houver mais de um cliente, pergunte de quem é a vez. É simples e evita problemas.
- Ah, é que nós acabamos de chegar agora.
- Sim, eu percebi. Mas eu cheguei primeiro, estava esperando e fui atendida depois. Não estou brigando, apenas sugerindo - assim, você evita problemas. Se eu não estivesse num bom dia, por exemplo, poderia ter outro tipo de reação...
Sim, apesar de não ter gritado, falei em tom que podia ser ouvido pela senhora. Fui para o caixa e percebi que a mulher estava tremendo, falando alto junto com seu acompanhante. Só então atento que falavam de mim, para uma das duas moças do caixa.
"...este povo muito cheio de por favor e obrigado é tudo falso, babaca, cheio de se achar educado. Se não gostou, que falasse..."
Abstrai. Estava com pressa, de bom humor, e não queria, de verdade, me irritar. E bater boca com um casal desconhecido, por motivo tão banal. Sorri pra outra moça do caixa, minha conhecida (frequento a mesma padaria desde que me mudei para Curitiba há mais de dois anos) e perguntei se ela havia percebido o que aconteceu. Diante da negativa, contei. E contando, percebi que o que irritou a outra cliente foi ter se tocado, sem que eu dissesse ou brigasse, como ela havia sido mal educada.
Lembrei-me da cena de sábado, no Bacacheri. Cheguei à conclusão de que anda faltando gentileza às pessoas. Ou talvez paciência.