segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bandeira Dois

Mãe leonina, pouco possessiva.
Único filho homem, caçula, 19 anos. Segundo as irmãs, o dodói da mamãe. Nunca namorou - pelo menos, nunca apresentou uma namorada à família.
Aproveitando a família toda reunida, imagina que a mãe vai manter a compostura ao saber do namoro, sem bancar a madrasta da Branca de Neve e conta que está, sim, namorando.
A mãe não só sobrevive à notícia como reage muito mais civilizadamente do que o esperado. Animado com isto, o "baby" aproveita:
"- Então, mãe... empresta o carro pra buscar a namorada pro evento da irmã?"
"- Não, que você não tem carteira. Mas vou com você buscá-la..."
"- Era a isso que me referia, mãezinha!! Sete e quinze está bem?"
...
As 19:15 pontualmente saem da garagem para buscar a moça. O filho indicando o caminho, segundo o que informaram. Ele também não sabia o endereço exato. Param para perguntar a um transeunte:
"- Quem vocês procuram????", cara de mau.
"- Fulana, minha amiga", responde a mãe. E se disser que é a namorada do filho e ali, naquele bairro não gostarem de moços de fora que namoram as moças locais??? Imagina que vai colocar seu filhinho em risco!!!
"- Só seguir reto, na segunda esquina."
Em frente à casa, o filho, gentil, desce e abre a porta traseira para a namorada entrar. Incontinenti, entra junto.
"- Mãezinha, a senhora não se incomoda se eu for aqui também não, né?"
...
"-Ah, mãezinha, eu não quis que ela se sentisse sem graça..."
...
Filho, uma lição pra todo o sempre: ao apresentar a namorada para a mãe (no caso, a sogra) NUNCA, mas nunca mesmo, a transforme em motorista de táxi, sob o risco de ter a vida transformada em inferno para todo o sempre no caso de casamento com a candidata em questão... sorte que sua mãe é uma pessoa muito gentil, bem humorada, inteligente e com jogo de cintura (acima de tudo, modesta) e não guardou mágoas (depois dos hematomas que deixou em você).

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