segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Me faz um bolo que eu corto sua grama!"

Este é o título de um post muuuuito bom, de autoria de um colega de trabalho que não conheço pessoalmente mas que admiro muito (Sim, eu o contatei e pedi permissão para citá-lo! Não, eu não tenho isto por escrito!): o Luiz Henrique. O cara é "O" cara!! Andou me apresentando aí pra uma turminha bem interessante: crowdsourcing, crowdfunding. Não conhece??? E se eu falar de compras coletivas??? Arrah!!!!  Isso você conhece, não é mesmo???
Então, achei ótimo o título acima porque explica magistralmente do que trata este outro texto: consumo colaborativo. Ele conta que a TIME de 17/março/11  aponta esse movimento como uma das 10 ideias que irão mudar o mundo. Cita ainda, como referências no assunto, Rachel Botsman e Roo Rogers, autores do livro "What's Mine Is Yours: The Rise of Collaborative Consumption", que ganhou uma versão em português: "O que é meu é seu".
O tema não é novidade - novidade é a força que esta "volta às origens" está ganhando, como reforça muito  bem o Gilberto Dimenstein na Folha. A Época de 16/05/11 também traz uma reportagem sobre o assunto, com o divertido título "Tire suas tranqueiras do fundo do armário".
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Se tem um recurso do pc que eu gosto é "ctrl c + ctrl v"! A partir de agora, vou usá-lo generosamente, ok? Porque não vou conseguir ser mais pragmática do que o LH, nem chegar perto da genialidade com que aborda o assunto, dando um show de aula.
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"Em se tratando de contexto, quatro fatores contribuíram para a ascensão do consumo colaborativo:
1 – Uma  renovada crença na importância das comunidades;
2 – Uma torrente de redes sociais e de tecnologias em tempo real;
3 – Preocupações ambientais não resolvidas;
4 – Uma recessão global que chocou radicalmente hábitos de consumo.

Diante desse cenário, as pessoas começam a resgatar a viabilidade da boa e velha prática do escambo, do empréstimo com o vizinho. Só que agora sob um ponto de vista global, viabilizado pela tecnologia.
A lógica é a seguinte:
1 – para que ter uma furadeira, se eu a usarei por 20 minutos e o resto do tempo ela fica na caixa, ocupando espaço no armário, solitária, à espera de alguém que precise dela? E se alguém puder me emprestar quando eu precisar? Ou eu emprestar quando alguém precisar?
2 – por quê eu preciso comprar um DVD que quero assistir, se na maior parte das vezes o assistirei no máximo duas vezes? Será que alguém gostaria de trocar comigo? DVD infantil não vale!
3 – gosto de limpar o jardim, mas não gosto de cozinhar. Tenho tempo livre mas não tenho dinheiro sobrando. Vou dar uma festa, será que alguém pode fazer um bolo pra mim?

Após avaliar inúmeras situações como essas e as práticas que vem ocorrendo na web, Rachel e Rogers entenderam que o consumo colaborativo pode ser agrupado em três sistemas:
1 – Mercados de redistribuição: o produto usado é tirado de um lugar onde não é mais utilizado e levado para algum lugar onde ele é desejado. Isso prolonga o ciclo de vida do produto e colabora para a redução do lixo.
2 – Estilos de vida cooperativos: as pessoas compartilham dinheiro, habilidades e tempo.
3 – Sistema de serviços de produto: paga-se pelo benefício que o produto traz ao indivíduo. Geralmente com produtos com alta capacidade ociosa. É o caso das novas modalidades de aluguel de carros que ficam disponíveis em pontos da cidade.
Quer confirmar se isso é ou não uma realidade:
1 – Time Banks (www.timebanks.org): para cada hora que você gasta fazendo algo para alguém na sua comunidade, você ganha um “Time Dollar”. Então você tem um Time Dollar para gastar com alguém fazendo alguma coisa para você.
2 – Swap (www.swap.com): Swap.com é um mercado online que permite que você liste o que você tem e troque por algo que você queira (livros, jogos, música e filmes). Já são 1,9 milhões de pessoas cadastradas.
3 – Airbnb (www.airbnb.com): um local onde você pode alugar seu apartamento nos dias que você não está usando.

Enfim, esse é o modelo do consumo colaborativo (século 21) que, em contraposição ao modelo de hiper-consumo (século 20), migra de:
1 – Crédito para Reputação
2 – Propaganda para Comunidade
3 – Propriedade Individual para Acesso Compartilhado."

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Lendo agora este post para minha filha Maya ouço o seguinte comentário: "mas isto é velho! Desde 2009 sou cadastrada no TeEmpresto, no TrocandoLivros e no LivraLivros." 
Pausa para reflexão.
Comento "mas isto é velho!" ou abordo o prazer de constatar que, além do gosto por sebos, brechós e afins, minha filha também herdou de mim (que megalomania a minha, porque ela não poderia simplesmente ter desenvolvido por si???) outros valores que considero importantes?
Nem um, nem outro. Melhor parar por aqui. Ainda tenho que responder o comentário da Marina, visitar seu blog, postar no Confidêntia, ler o post do Casuccio no Lupa (sim, mandei pro meu email pra poder ler em casa, impossível fazer isto na agência). Afff!
Então é isto. Apesar da segunda feira meio 'sexta feira treze', no frigir dos ovos, o dia foi bom.
Bem bom.
=D

Um comentário:

  1. Lucemary,
    Muito bondade a sua. Diria até exagerada. Hehehe!
    Gostaria de participar do seu desafio, mas.....
    Comprinhas sem cartão? Snif. E as milhas para a viagem no final de ano.
    Desnecessário? Nãããããããããããão.
    Posso começar pelo muito supérfluo? Será que consigo, com duas crianças dizendo: "pai compra isso", "compra aquilo". kkkkk
    Quem sabe em 2012. Talvez 2013.
    Afinal, temos que manter o crescimento do nosso país e ajudar a economia mundial a manter a recuperação. Rs!
    Abraço.
    Luiz Henrique
    P.S. Acho que estarei por aí nos dias 08 e 09.

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