domingo, 20 de setembro de 2009

Do fundo do baú...



Sobrevivem em mim
sonhos de infância
(renitentes)
de ser feliz.
Pelejam emoções diversas.
Ainda que capenga,
a alegria (resiliente)
não se entrega.
Permanecem ilusões
(sentimentos rotos)
de inocência, pureza,
amizade azul.
Sonhos, quantos assassinados!
No preciso instante
em que os abandonei
pela vida direita,
respeitável e digna,
de gente grande.
Sei que, procurando bem,
hei de adivinhar algum
solitário
insolente
à espera do herói
que o virá libertar
de sua prisão.
Vã ilusão.
Coragem (ousadia?)
não vem à cavalo.
Não é príncipe encantado
que vence os dragões
as bruxas
os perigos e sortilégios.
Coragem é herói solitário.
Nasce
e cresce
em cada um.
E meu sonho
-sobrevivente-
se mantém
à espera do dia
em que
eu permita crescer
tal herói em mim.

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