sexta-feira, 4 de julho de 2008

Tanto mar...



É o nome de uma música do Chico, que fala da revolução dos cravos, em Portugal. E que amo. Remete também à música "amo tanto e de tanto amar acho que ela é bonita..."
Numa lan, depois de duas roscas (deliciosas, de morango), sob o peso de uma saudade imensa de coisas intangíveis... como passear no shopping (McDonalds, Fredíssimo, cinema), como discutir dúvidas existenciais, como falar de moda e rir de coisas bobas, como discutir livros na vitrine, como olhar o que tem de bom e de ridículo na moda da estação, como reafirmar que é bom ter personalidade (ou pelo menos se iludir que tem...), como fazer palavras cruzadas, como jogar stop, como ter crises de riso sem quê nem porquê... e de coisas tangíveis, como seu riso (como assim, seu riso não é tangível???? Tudo bem, não vou discutir com uma quase física...), como a bagunça organizada do seu guarda roupa, como seu abraço, como sua presença (e sim, sua presença é total e completamente tangível pra mim)... leio seus posts no seu blog, e me preocupo... será que você herdou de mim essa inquietude, essa insatisfação (ops, não! Não sou insatisfeita... diria mais esse questionamento eterno...)... não, você não herdou nada. 
Coisa idiota essa de mãe querer dizer que o filho herdou o de melhor dela... ou o de pior, sabe-se lá... coisa bem idiota!
Você não herdou nada, tem suas próprias dúvidas, seus próprios questionamentos, você é mais do que uma herdeira... você é muito mais do que isso... muito melhor que isso... eita que eu ia falar mais, mas tocou o celular e era seu padrinho tomando umas e falando como você já sabe... aí, perdi o fio da meada... mas acho que o que eu queria falar era que, apesar de saber de sua inquietude e de toda insatisfação que ela gera, sei que você é mais feliz assim do que se fosse uma menininha dessas de sonhos cor de rosa que acha tudo lindo, não questiona nada e se conforma com pouco... 
aliás, o nome desse texto devia ser Maya. 
Ou recadinho para Maya.

2 comentários:

  1. Como disse Drummond: "Eu não devia te dizer Mas essa lua Mas esse conhaque Botam a gente comovido como o diabo." (no seu caso é: "Eu não devia te dizer Mas essa lua Mas essa rosca de morango Botam a gente comovido como o diabo.")
    Hehe
    "A minha boca tá tão suja quanto a sua?"
    "Ai, você também tá com preguiça de fazer almoço? Vamo almoça no mercado, então?"
    "Vamo caminhá amanhã cedinho na praia?"
    "Vamo comê gororoba de almoço?"
    "Vamos lá no bom preço?"
    "Posso ir dormi na casa do Deco?"
    "Nunca mais assisto filme infantil com você no cinema!!!"
    "Compra um McLanche feliz pra mim?? O brinde eu quero o cachorrinho, mas você tem que ir lá pegar, porque eu to com vergonha..."
    ...

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  2. ...
    Pois é, quantas saudades...
    Nem encontro palavras para descrevê-la...
    Eu entendo quando você diz que o meu sorriso é tangivel, assim como me é o seu... (claro, não fisicamente falando, mas, hum, "poeticamente", ou falando com o coração mesmo... hehehe)
    E essas lembranças (esqueci algumas, como: "Vamos no pelô nesse fim de semana?", "Tá afim de ir na seresta?" ou "Olha que LIN-DA aquela bota!!!") são eternas, e me traduzem uma época da minha vida que eu fui muito feliz...
    Te amo amo amo, minha SHUMP madre!!!

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