terça-feira, 22 de março de 2016

Noite. Eternidade.

Na cidade cinza a noite cai.
Cinza continua a alma.

O pensamento teima em atropelar o sono.
Memórias desfilam em procissão,
andarilhos errantes que voltam,
ciclicamente,
ao mesmo lugar.

Em ladainha entoam seus erros,
um a um, escarnecendo sua dor,
fazendo chagas de cada lembrança.

A noite se vai como uma eternidade
em que expurga suas culpas
l e n t a m e n t e.

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