segunda-feira, 23 de julho de 2012

Declaração (sem razão)

Descubro que te amo...

E o aconchego deste amor é algo que transcende a realidade.
Instalou-se e permanece, inatingível, em meu íntimo.

Como nominar este sentimento?
Pode-se quantificar os grãos de areia,
a água do mar,
as estrelas do céu?

Assim o que sinto.

Intangível, apesar de tão real
quanto a luz que origina o arco íris.

Amo-te de um amor calmo,
aconchegante,
que quer e pede colo,
que acolhe, abriga e protege...

Amo-te de um amor claro e luminoso,
alegre,
livre e divertido,
que faz rir e faz feliz...

Amo-te ainda de um amor delicado,
que pede flores,
acende velas,
providencia músicas e aromas  no ar...

E quer sua companhia amiúde,
amado,
para em gestos sutis e apaixonados,
poder se revelar.

Não obstante, amo-te de um amor selvagem
fera no cio,
que morde e delira,
todo pele e cheiro e sentidos
e não se contenta
em não se fartar...

Amo-te de muitas maneiras
e, enfim, de uma só.

Amo-te um amor que não pede
razão de existir e
não busca explicações.

É, somente.

E fim.

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