quarta-feira, 13 de julho de 2011

Constatações

Talvez seja uma boa idéia encontrar algo para distrair do desejo incontrolável de comprar. Quando digo “desejo incontrolável”, não me refiro a algo parecido com a abstinência do dependente químico. É algo muito mais sutil, e ainda assim, muito mais forte – porque acontece sem percepção. A gente não sai de casa com aquela zica de “eu quero comprar, eu preciso comprar”. A gente sai, vê um sapato bonito (muitas vezes parecido com um que tem em casa), resolve experimentar e pronto. Nos vemos a caminho de casa com uma sacola a mais na mão. Chegando em casa colocamos o sapato, andamos pra lá e pra cá testando seu conforto e o guardamos, por vezes até mais de um mês sem estreiá-lo – o que é um claro sinal de que não precisávamos dele naquele momento. Usei o sapato como exemplo, mas isto acontece com acessórios, cachecóis, e eticétera e tal. É inconsciente, na verdade, por isto mesmo insidioso e nocivo.
A segunda coisa a fazer é tomar consciência de que agimos assim. Que fazemos aquisições impulsivas, sem percepção crítica.



E finalmente buscarmos algo que sirva como “escape”. Algo que nos dê prazer, e assim substitua aquele prazerzinho meio mórbido de comprar, comprar, comprar. Que tal começar a academia que temos protelado por tanto tempo? Ou começar a correr (podemos até nos tornar maratonistas!)? Ou começar a nadar? Ou aula de teatro, judô, caratê, boxe? Pintura, música, artesanato, reciclagem? Ou uma atividade voluntária? Que tal contar histórias para crianças órfãs, ou um dia de dedicação a um asilo no município? Eu, do meu lado, tenho conseguido canalizar para a escrita e a organização: tenho buscado manter o compromisso de escrever ao menos três vezes por semana, e o maior compromisso é o de organizar minha casa – e nossa! Não dá pra contar o prazer que traz cada cantinho que consigo finalmente organizar!!! Para isto, aliás, tenho visitado alguns blogs interessantes – e estou lendo o primeiro de dois livros muito bons emprestados pela Marina: “Organize-se num minuto” e “Jogue cinquenta coisas fora”. Que fique claro que não sou devoradora de livros de auto ajuda, ok? Mas estes trazem dicas realmente preciosas para alguém que, como eu, não consegue se organizar. Aliás, qualquer dia falarei sobre isto aqui.
Então, pessoas lindas do meu core, estas constatações de que o tempo utilizado em bater pernas “pelos shoppings da vida em busca de algo” (lembrei do Milton!) pode ser muito melhor utilizado para coisas que nos dão prazer mais duradouro e muito maior sensação de realização foram renovadoras.



*Escrevi este texto há pouco mais de uma semana, quando estive na Renner e na C&A para pagar parcelas vincendas. Não preciso nem dizer da tentaação que foi, né?

4 comentários:

  1. Oi, tudo bem? Também tenho pensando muito em por quê a gente compra... escrevi um pouco sobre isso no meu último post: http://seviranosquase30.blogspot.com/2011/07/desafio-um-ano-sem-comprar-roupa-9.html

    Beijos e continue assim! Podemos gastar nosso tempo e nosso dinheiro com coisas mais úteis, com certeza!

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  2. Lu, estou com bastante tempo livre e pensando seriamente em começcar um curso ou coisa do tipo... ficar sem comprar acaba gerando mais tempo livre e é bom a gente aprender a preencher o vazio e o tempo livre de outras formas mais produtivas. Ainda não sei o que eu vou fazer, que curso, onde...

    Fico feliz que esteja gostando dos livros, O Jogue Fora 50 Coisas foi o que mais me ajudou porque ela vai fazendo um roteiro cômodo a cômodo. Joguei maisde 100 coisas fora... uau!

    Grande abraço,

    marina

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  3. @nadja
    tenho acompanhado seu blog com carinho!
    Inclusive ando lavando a louça com gotas de detergente na água, não pensava que funcionaria... e funciona!
    =)

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  4. Marina, olha a coincidência: também tô procurando um curso, ainda não sei de quê... tô pensando em alguma língua (tenho muita dificuldade nisso!!!), vamos ver...
    Bju!

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