sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sobre Anjos na nossa vida

Momento Um:

No dia 30 de maio a edição do Metro, jornal que leio todas as manhãs (é de graça, distribuído nos sinais do centro, de segunda a sexta), trazia em sua capa a seguinte notícia: "Mônica e Cebolinha assumem namoro", com uma foto dos personagens se beijando. Como assim, desde quando personagens do Maurício de Souza são manchete de jornal??? Não interessa - amo a turma da Mônica e do Cebolinha, assinei por mais de oito anos enquanto meus filhos eram pequenos. Guardei o jornal. Almoço com Maya:
"- Filha, você não acredita na manchete do jornal de hoje!!!"
"- Mãe!!!! A gente tem que comprar! Edição pra colecionador!"
"- Não posso, lembra? Este é um dos ítens da minha lista..."
"- Mas eu posso!"
"- Você tem dinheiro?"
"- Não, mas a senhora pode me dar..."
Claro que ela falou de brincadeira, não ia fazer uma proposta indecente assim pra boicotar meu propósito...
"- Mas não se preocupe, Maya. O Andrey vai comprar, e empresta pra gente."
"- Mãe, edição de colecionador..."
Retomamos a conversa algumas vezes, sempre com o argumento "ah, mãe, é de colecionador!"
Mas fiquei firme, resisti e persisti no meu intuito.




Momento Dois:

No Lupa, blog interno dos funcionários do banco, o post (magnífico) de ontem falava sobre anjos. Os etéreos, os de carne e osso, e as maneiras com que eles transformam nosso cotidiano. Lendo o texto fui relembrando os anjos que passaram pela minha vida, desde sempre - uma lista infindável, e se fosse citar aqui, talvez não coubesse. Talvez eu fosse injusta com algum. E lembrei, como nunca, o meu Anjo. Aquele que está ao meu lado em todas as horas, desde que me entendo por gente. Aquele com quem travei conversas infindáveis na minha infância, que me deu colo e aconchego, que acalmou minhas angústias, aquele que me dá a mão quando me sinto só e carente, o meu Anjo da Guarda.
E agradeci. Agradeci cada momento em que ele esteve em minha vida, protegendo, acalentando, cuidando. Agradeci tanto e sei, não foi ainda o suficiente. Deus age na minha vida através dele, sempre mais do que mereço - e meu Anjo é seu emissário.




Momento Três:

Sexta feira, três de maio. Dia punk na agência, muito movimento, todos os problemas do mundo juntos, clientes irritados, colegas faltantes, desnecessário desfiar o rosário de problemas. Quase três da tarde, vou pra fila do auto atendimento parar a máquina para abastecimento. São quatro terminais apenas na agência, paro um, faço a intervenção e o coloco em funcionamento novamente. Como acabei de colocá-lo novamente em operação,  vou pro início da fila parar outro. A cliente se afasta do terminal, chego com o cartão e olho no painel, ela esqueceu uma revista. Coração na mão, putz, inacreditável!
"Moça, sua revista!"
"Não, não é minha."
"Meninas, é de vocês?" Pergunto a duas gêmeas adolescentes que aguardavam por ali há algum tempo.
"Não, não é."
Olho interrogativamente para as cinco ou seis pessoas na fila, e recebo uma coreografia de pescoços em sinal negativo.
Sem pensar, pego a revistinha e entro.
"Andrey, inacreditável! Parece mentira, adivinha o que esqueceram no auto atendimento???"
Pois é. Se não tivesse acontecido comigo, eu não acreditaria, fala sério. Parece coisa de filme, coisa armada, muita coincidência. Mas aconteceu comigo. O que fazer?
Entrego a revistinha para um dos vigilantes, vai pra caixinha de objetos perdidos, junto com documentos, óculos, chaves. Ah, mas e se o dono não aparecer... o que fazer???


"Santo Anjo do Senhor,
se a ti me confiou a piedade divina,
sempre me guarda,
me rege,
me ilumina.
Amém."

Um comentário:

  1. Ai, vocês podiam criar um prazo para a caixinha de achados e perdidos para dar uma mãozinha para o anjo da guarda! Na Unidade de Saúde estabelecemos 60 dias para pertences simples como revistas, lenços, fraldinhas de pano dos bebês, chupetas, meias (não me pergunte como mas elas aparecem!). No caso de documentos e ítens de maior valor guardamos indefinidamente. Mas essa sua história é impressionante!!!!

    Também estou lendo o Metro Lu!!! É bem interessante. Uma dica boa: como comprar não vale mas trocar pode, junte revistas e livros antigos e tente trocar nos sebos. Geralmente eles aceitam trocas quando você está diposta a deixar mais ítens do que pretende levar.

    Abraço pra vc!!!

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