É incrível. Esse é o tempo que me separa do dia em que pensei que o mundo tinha perdido a razão de existir pra mim. Aquele dia pensei que não conseguiria mais sorrir. Que não conseguiria mais encontrar sentido no suceder dos dias, um de cada vez.
É mais incrível como o tempo ensina. E ameniza dores, e nos torna fortes. E nos mostra novos rumos, novas motivações.
Em seis de abril de 1997 atendi o telefone, num fim de tarde, na casa de meu pai. Do outro lado tio Tonico, voz embargada: "Lucinha, filha, você tem que ser forte." Em casa apenas eu e as crianças, papai e mamãe na estrada, retornando de Dois Vizinhos. Como ser forte? E como não ser?
Tanto tempo depois contabilizo tantas outras dores, e tantas outras saudades. Aprendi a conviver com a falta de tanta gente amada... inclusive a de papai, que não está mais aqui. O tempo realmente é o melhor remédio - ainda que existam cicatrizes lembrando cada dor vivida.
Fazem quatorze anos que o vô Nano se foi. E a saudade continua, exatamente igual. Assim como o seu amor, que me fortaleceu pela vida e me ajudou a ser quem sou.
Nossa, mãe, faz tanto tempo???
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