quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Caminhos, destinos e afins



A gente nasce e bom... não tem muita escolha.
Somos cuidados, bem ou mal, por nossos pais, a quem podemos amar ou não, e que traçam nosso caminho até que estejamos aptos a nossas próprias escolhas.
A primeira delas, no meu caso especificamente, foi o vestibular.
"O que é isso de relações públicas, filha? Tem doutora antes?".
Não, mãe, não tem. Na verdade não tem nem muito futuro se a gente não acredita de verdade.
E na verdade essa escolha foi errada, eu queria jornalismo.
Optei por RrPp por ser menos concorrido, de escore menor, e por ironia, passei com média suficiente pra jornalismo. Mas aí, pensei, posso depois fazer reaproveitamento e 'voilá': dois cursos!
Que nada... no meio do caminho, outro caminho se cruzou ao meu, e juntos trilhamos outros passos que nos levaram a escrever uma grande história e três filhos e depois, nossos caminhos se separaram. E aí também não haviam escolhas, filhos pequenos e uma vida pra levar... não dava pra sonhar.
Os filhos cresceram um tanto, e cada um seguiu seu caminho, entoando seu canto ao vento... e aí então, era a hora de outra escolha.
E a escolha foi por voltar atrás, pra cuidar das pessoas que haviam cuidado de mim, me dado amor, me possibilitado ser quem sou... até a despedida triste, e a constatação de que, por mais que caminhemos, nossos caminhos sempre parecem incompletos, imperfeitos, inacabados.
Então, mais uma vez, escolhas.
Sem marido, sem filhos, sem pais, sem ninguém que precise de mim.
Podendo escolher de verdade o caminho - de sonhos ou não.
Meu Deus, como é difícil!!!
Escolho chutar o pau da barraca, jogar tudo pro ar e ir viver na praia, com um ateliê de artesanato, vendendo sanduíche natural e escrevendo poemas... mas esta escolha, a dos sonhos, infelizmente não paga as contas.
E estas, rapaz, são tantas!!!!
É isso aí.
Uma pessoa, numa encruzilhada, e alguns caminhos.
Qual deles escolher?
Qual seguir?
Será que saberei escolher o que eu quero de verdade?
E o que eu quero de verdade?
O que me fará feliz?
Será que algo me fará feliz?

Um comentário:

  1. bom, maezinha, lamento muito nao poder ajuda-la nessa, mesmo porque a minha escolha jah tem sido dificil.
    eh uma escolha sua e soh sua. e se for vender salgadinhos na praia, eu vou ser contra, mas vou entender. pq, como ao adolescente que fumava, a escolha nao dependia de mim. eh a sua vida, e se voce nao sabe o que fazer com ela, eh hora de descobrir.
    go ahead!
    soh te garanto, mae querida, que passado nao eh combustivel. nunca foi. e olha, pra mim tah sendo complicado entender isso... entao... go ahead, jah disse.
    vah em frente, mae. nao importa se eu, a maya, o matheus, a voh ou o resto do mundo nao goste. eh a sua vida. tem que fazer feliz a voce. sem desculpas. nao tem escore, maezinha.
    os caminhos sao varios, entao, escolha. apenas escolha.

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